sexta-feira, 22 de maio de 2009

Asas pra que te quero?

Asas, pequeninas já não o permitem voar, espera então que algo dos céus vá em seu socorro, vá lhe buscar. Tão pequeno se torna esse ser quando se sente sozinho que nem ao menos consegue caminhar, Tão dependente de tudo e de todos que mal consegue falar.

Ele quer reclamar mais não tem coragem, ele quer gritar mais não acha sua voz, o que lhe resta fazer? Pacientemente ele procura abrigo numa besteira, acende um cigarro pra iludir seu sistema nervoso, toma um café na esperança de que aquilo lhe ajude a pensar. Pega uma caneta e num papel rabisca algo qualquer, sem perceber ele desenha o rosto de alguém por quem ele tem muito afeto e ele percebe que mesmo não fazendo tanto tempo desde à ultima vez, a pessoa dono daquele rosto lhe faz uma falta tamanha.

Ele deita, ele dorme, ele sonha com ela, ele acorda e um café engole, não tira os pensamentos dela. Caminha pela rua olhando para o chão sem nem ver a multidão que está à sua frente, pra ele não faz sentido algum pois em todos os rostos de desconhecidos que ele por ventura olhe, só vê o rosto daquela pessoa.

E ai os dias passam e ele já começa a achar que se tornou dependente daquela pessoa e que todos os momentos juntos nunca foram muito bem aproveitados, ele sempre quis algo mais, ele sempre quis dizer algo mais só que sua voz sempre o calou.

Pobre rapaz lamenta-se por não ter nada, lamenta-se por não ter tudo, rapaz que cheio de incertezas descobre em si mesmo alguém confuso. Chegando em casa ele deita e dorme, amanhã é um outro dia e uma mesma rotina.


Plantando e esperando.

4 comentários: